Pós-pandemia

O cenário econômico e financeiro na pandemia do Sars-Covid-19

A economia do Brasil foi altamente impactada por uma crise causada pelo inesperado cenário da pandemia do novo coronavírus, que desencadeou uma desorganização muito grande da atividade econômica em diversos países. As taxas de juros foram ao topo e a injeção de dinheiro, política monetária utilizada para tentar reverter crises financeiras, precisou acontecer muito rápido.

Diante desse cenário, já era de se esperar uma queda brutal no crescimento e deflação da economia do Brasil, mas a realidade foi diferente, o número de desempregos em massa foi menor do que o esperado.

A queda na mobilidade de trabalhadores e consumidores foi menos intensa e persistente do que no início da pandemia, e a economia parece ter conseguido produzir e vender mesmo com menor grau de mobilidade.

A economia brasileira vem registrando recuperação significativa desde o terceiro trimestre do ano passado, mas o grau de insegurança permanece elevado e os efeitos da crise ainda estarão presentes em 2021, principalmente por conta das incertezas sobre a duração da pandemia.

No segundo semestre deste ano, com o avanço da vacinação, diante do ambiente externo favorável e da redução das incertezas fiscais no curto prazo, estima-se crescimento mais sustentado da atividade econômica. Na média do ano, o crescimento projetado é de 4,8%, e para 2022, de 2,0%.

A desvalorização cambial e o aumento do preço do petróleo, que encarece todos os seus derivados, justificam a disparada dos preços no país.

Além disso, houve uma grande inversão de hábitos de consumo dos brasileiros. O que gera uma inversão na matriz econômica brasileira.

O vírus fez com que as pessoas utilizem o dinheiro com menos frequência. Com isso, novas experiências de pagamento, como carteiras digitais e pagamentos biométricos passarão a ser a opção mais utilizada. 

Essa nova relação com o dinheiro traz outra percepção. A compra tornou-se fisicamente mais inacessível. O modelo de negócios, com interação presencial, deve ser substituído por um teleatendimento ou até mesmo autoatendimento.

Com tantas mudanças nas relações comerciais, é o comportamento das pessoas que irá mover a economia. A população comprando de casa e fazendo praticamente tudo, como trabalhar, estudar e cozinhar, desestimula o adensamento urbano.

A economia deve fechar o ano abaixo do nível anterior à pandemia. Portanto, haverá uma desaceleração, o que significa que a taxa de crescimento será mais baixa que no período anterior, porém, a recuperação dos investimentos das empresas tem sido mais forte do que nas crises passadas, e a expectativa do governo é que o ritmo se mantenha nos próximos meses.

É certo que, o país precisará de um grande impulso para recuperar os estragos provocados pela covid-19 na sua economia.

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