Você pode não gostar da resposta mas precisa saber que durante o período de crescimento, que pode durar mais de 3 anos, é normal uma startup não ter lucro. Isso porque, no início, todo capital investido precisa ser reinvestido até que este modelo de negócio atinja a chamada maturidade de mercado.
Segundo dados recentes da empresa de consultoria e auditoria PwC Brasil, nove de dez startups brasileiras, não sobrevivem mais de dois anos, o que corresponde a 90% de mortalidade. A falta de demanda ou de planejamento em usar os recursos estão entre as causas.
Investidores na área revelam que as startups lucrativas são bem mais que um modelo de negócio que deu certo por sorte ou, porque teve um super investimento inicial, sendo o segredo, a boa gestão financeira, de processos e de pessoas.
STARTUPS EM NÚMEROS
Apesar dos impactos da pandemia, o volume de investimentos direcionados às startups brasileiras teve um aumento expressivo no ano passado, em quase 200%. O tamanho médio das rodadas de negócios foi de US $5,5 milhões em 2020 e saltou para US $13,7 milhões em 2021.
Ainda em 2021, mais de 100 mil pessoas se integraram ao universo das startups brasileiras e 9 unicórnios nasceram (startups avaliadas em mais de um bilhão de dólares )
TODA STARTUP É UMA EMPRESA MAS NEM TODA EMPRESA É UMA STARTUP
Organização e estratégias, são as principais diferenças entre elas. As empresas focam em rentabilidade e valor estável a longo prazo, enquanto que as startups apostam tudo para crescer, se preocupam com as receitas para seu financiamento e captação de investimentos. Por serem negócios inovadores, participantes de um cenário ainda incerto, as startups dependem de decisões e mudanças rápidas para se adequarem às suas estratégias ao mercado.
Outra diferença: para prosperar em ambientes de grande incerteza e risco, as startups necessitam não apenas de modelos de negócio eficientes e compatíveis com as demandas do mercado, mas de capital, para sustentar suas operações, em especial nas fases iniciais de implementação, em que a empresa ainda não se estabeleceu de forma sustentável. É nesse ponto que se torna importante a figura do investidor, como fonte do capital, promovendo o sucesso da startup.
QUEM PODE INVESTIR NUMA STARTUP ?
Primeiro, o investidor precisa estar ciente dos riscos, do valor a ser investido e do tempo de retorno esperado.
O risco tem relação com o tempo de maturidade da startup então, se ela está no início, maior o risco. Assim como o tempo de investimento, quanto mais no início, maior será o tempo para retorno. E claro, também, maior será o retorno sobre o investimento, caso o projeto dê certo. Veja abaixo as principais modalidades de investimento em startups:
Bootstrapping : é a primeira etapa de investimentos, na qual o próprio empreendedor usa o seu dinheiro para investir no negócio. Geralmente, todas as startups começam dessa forma até captarem investimentos maiores. Essa modalidade significa que o primeiro investidor é você mesmo , junto com os sócios, por exemplo.
Investidor-anjo: é uma pessoa física com expertise e capital suficiente para investir em empresas com potencial de sucesso. Normalmente, se reúnem em grupos de pessoas bem-sucedidas para procurar startups atuantes em seus respectivos segmentos de negócio. Os investimentos são realizados em troca da participação nos lucros — que fica entre 5% e 15%. Em média, os valores injetados variam entre R $50 mil e R $700 mil.
Aceleradoras: além de fazer a ponte entre startups e investidores, aceleram o crescimento do negócio com o apoio em consultoria, treinamento e participações em eventos. Em troca, as aceleradoras recebem participação acionária.No geral, ficam entre 5% e 30% da participação da empresa.
Capital sementes: os fundos de capital semente podem ser captados por startups até mesmo em fase embrionária Além disso, os valores injetados podem ser maiores que o dos investidores-anjo, já que são constituídos por empresários que aplicam o dinheiro em conjunto, diminuindo o risco individual e gerando um aporte maior de arrecadação. Os investimentos variam de R$ 300 mil até R $2 milhões.
Incubação de empresas: grande parte das incubadoras está vinculada a instituições públicas e universidades federais. É um modelo convencional de investimento, oferece suporte para o empreendedor, ajuda com técnicas de apresentação, o acesso a conhecimentos estratégicos, recursos, etc. A ação também é recomendada para empresas que buscam expandir.
Venture Building: fusão de aceleradoras, incubadoras e venture capital. Viabiliza todo o plano estratégico, a captação de recursos humanos e financeiros e a estrutura física para fazer o negócio obter sucesso. Tem participação enorme em uma startup , podendo chegar a 80% em aportes iniciais.
INVESTIMENTO EM IA
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), lançou um edital para selecionar projetos de inovação de Inteligência Artificial (IA) em startups. Ao todo serão R $80 milhões em recursos de subvenção econômica, que não precisam ser devolvidos ao Governo Federal.
O objetivo é promover a parceria entre startups, empresas e demais instituições para o desenvolvimento tecnológico no país.
Financiadora: http://www.finep.gov.br
#startup #negocios #empreendedor #empreendedorismo #financeiro #investir #investimento #empresa #lucro #gestao #inovacao #economia #planejamentofinanceiro #dinheiro
Referências :
jornaldebrasilia.com.br
sebrae.com.br
stattupi.com.br
acestartup.com.br
abstartups.com.br
forbes.com.br
gov.br/mcti/pt-br